Sunday, September 05, 2010

Sobre os milhöes de bucetinhas

é que é a maior verdade de todos os tempos:
"Eu: o fato é que temos identidades conflitantes dentro de nós
elas NUNCA vao entrar num acordo
e um cara nunca vai enfiar o pau nas suas mil bucetinhas ai dentro
ele acerta umas 15, mas 90 ficam secas e vazias
e ai vc ainda acredita no pinto magico dourado q acertará todas?
ah gimme a break
eu desisti da bucetinha dourada já

Ela: eu te amo

Eu: eu tb
(e assim começa uma paixão
quando todas as bucetinhas se molham juntas
e todos os paus crescem juntos
mas da uns 10 dias e um cai, e outra seca
e pronto, ja era)"




Entendeu????? rs

Saturday, May 29, 2010

.... A oscilação do pêndulo fazia-se em ângulos retos ao meu comprimento.Vi que o crescente estava disposto para cruzar a zona do coração. Desgastaria a sarja de minha roupa -- voltaria e repetiria suas operações - de novo, e ainda de novo... o vigor sibilante da descida, suficiente para cortar até mesmo aquelas paredes de ferro, o corte de minha roupa seria tudo quanto, durante alguns minutos, ele conseguiria..... Mais abaixo -- cada vez mais baixo, ele descia com firmeza. Sentira um frenético prazer em contrastar sua velocidade vertical com a velocidade lateral. Para a direita, para a esquerda, para lá e para cá, com o guincho de um espírito danada! Rumo a meu coração com o passo furtivo de tigre! Oscilava a menos de dez centímetros de meu peito! Eu lutava violenta e furiosamente para libertar meu braço esquerdo, que só estava livre do cotovelo até a mão. Podia apenas, com grande esforço, levar a mão à boca, desde o prato que estava a meu lado, e não mais. Se tivesse podido quebrar os liames acima do cotovelo, teria segurado e tentado deter o pêndulo. Seria o mesmo que tentar deter um avalanche!
Para baixo-- fatal e incessantemente para baixo! Eu arfava e debatia-me a cada oscilação. Encolhia-me convulsivamente a cada balanço. Meus olhos acompanhavam os vaivéns, para cima e para baixo, com a avidez do mais insensato desespero, fechavam-se num espasmo no momento de descida, embora a morte tivesse sido um alívio , e oh! quão inefável! Entretanto, todos os meus nervos tremiam ao pensar quão mínima descaída da máquina bastaria para precipitar aquele machado, agudo e cintilante, sobre meu peito. Era a esperança que fazia tremerem o meus nervos, que fazia meu corpo sentir calafrios, Era a esperança - a esperança que triunfa sobre o suplício, que sussurra aos ouvidos dos condenados à morte até mesmo nos calabouços da Inquisição!....


O Poço e o Pêndulo ( trechos)

Edgar Allan Poe - no Livro contos extraordinários - editora companhia das letras

Saturday, September 29, 2007

ESTRELA DA MANHÃ

Eu quero a estrela da manhã
Onde está a estrela da manhã?
Meus amigos meus inimigos
Procurem a estrela da manhã
Ela desapareceu ia nua

Desapareceu com quem?
Procurem por toda a parte
Digam que sou um homem sem orgulho

Um homem que aceita tudo
Que me importa? Eu quero a estrela da manhã
Três dias e três noites

Fui assassino e suicida
Ladrão, pulha, falsário
Virgem mal-sexuada

Atribuladora dos aflitos
Girafa de duas cabeças
Pecai por todos pecai com todos
Pecai com os malandros

Pecai com os sargentos
Pecai com os fuzileiros navais
Pecai de todas as maneiras
Com os gregos e com os troianos

Com o padre e com o sacristão
Com o leproso de Pouso Alto
Depois comigo
Te esperarei com mafuás novenas cavalhadas

comerei terra e direi coisas de uma ternura tão simples
Que tu desfalecerás
Procurem por toda parte
Pura ou degradada até a última baixeza eu quero a estrela da manhã

Manuel Bandeira

AUTOPSICOGRAFIAO


poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama o coração.


Fernando Pessoa - 1/4/1931
ASSOMBROS

Às vezes, pequenos grandes terremoto
socorrem do lado esquerdo do meu peito.
Fora, não se dão conta os desatentos.
Entre a aorta e a omoplata rolam alquebrados sentimentos.
Entre as vértebras e as costelas há vários esmagamentos.
Os mais íntimos já me viram remexendo escombros.

Em mim há algo imóvel e soterrado em permanente assombro.

AFONOS ROMANO DE SANT'ANA
Não sou eu quem dá coices ferradurados no ar.
É esta estranha criatura que fez de mim seu encosto.
É ela !!!
Todo mundo sabe, sou uma lisa flor de pessoa,
Sem espinho de roseira nem áspera lixa de folha de figueira.
Esta amante da balbúrdia cavalga encostada ao meu sóbrio ombro
Vixe!!!
Enquanto caminho a pé, pedestre -- peregrino atônito até a morte.
Sem motivo nenhum de pranto ou angústia rouca ou desalento:
Não sou eu quem dá coices ferradurados no ar.
É esta estranha criatura que fez de mim seu encosto
E se apossou do estojo de minha figura e dela expeliu o estofo.
Quem corre desabridaSem ceder a concha do ouvido
A ninguém que dela discorde
É esta Selvagem sombra acavalada que faz versos como quem morde.

WALY SALOMÃO

Tuesday, September 25, 2007


..........Experimentar o experimental!

Experimentar o experimental!


A memoria é uma ilha de edição .... uma ilha de edição

nasci sobre os Séculos sossegado

na ciência dos cuidados fui criado


....E entre o meu ser e o Ser alheio

A linha de fronteira se rompeu


A linha de fronteira se rompeu........


Waly Salomão

Saturday, September 22, 2007

Não acabarão com o amor, nem as rusgas, nem a distância. Está provado, pensado verificado. Aqui levanto solene minha estrofe de mil dedos e faço o juramento: Amo firme fiel e verdadeiramente.
maikovski

Saturday, September 01, 2007

Estava vendo esta foto e pensando nas coisa que este olho esta vendo. são tristes ou alegres?que expressões a face que o carrega esta dizendo aos que por perto passam?será alguém que parte ou chega? eles estão gostando ou não? vestiu roupa nova pra esperar ou sai correndo sem querer voltar olhando para trás perdendo as lembranças da sua estoria? como dizer o que ele vê ? são azuis ou são reflexos ? queria saber se nos arredores o outro vê o mesmo que ele ou se o outro não existe? vemos o que os outros vêem e será que entendemos o que nós vemos do que o olho vê? que pergunta este olho faz do que vê? que olho é este que nada de tudo vê ? pensando e sem reposta fico aqui querendo saber dos olhos que vêem o que este olho vê e o que não vê.

Friday, August 31, 2007


Seu hálito seco queima-me
Sua saliva lambe meu corpo!

Quer comer-me de todas as formas


Sinto tremer meus ossos, seus dentes doem

Posso partir agora ? não mexo

Suo de prazer, sua boca é tudo que quero
Coma-me agora

Deixe-me viver.......!!!!!